quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pensamentos


Esta noite tive o que chamo de ‘’pico de pensamento’’. É quando meus pensamentos se bagunçam e eu não consigo me achar dentro de mim e sempre me arrasto pela madrugada até que o sono me tome. Mas estranho, esta noite não fui embalado pelo cansaço e consegui definir um rumo no caos da minha mente. Vi minha infância e lá estava eu sendo guiado por duas mulheres, minha mãe e minha adorável avó.  Como eu era feliz e tudo se resumia a doces e histórias na hora de dormir. Passei por minha adolescência e lá estava eu sendo guiado pela música alta e bebidas, tudo se resumia a vodka e minhas roupas pretas. Foi quando me deparei comigo na escola, me vi de costas o cabelo longo e a camisa preta e uma garotinha branca vindo em minha direção. Quem é ela? E por que esta com cara de brava? A garota se aproxima e chuta minha canela. Era você se fazendo presente na minha vida. Deu-me uma vontade de falar comigo que era você que estava ali. Mas fui puxado por uma força estranha que me levou até o final de minha adolescência, olha me vi em cima de um palco. Minha primeira peça como eu era ruim o texto não saia. Resolvi fechar os olhos, senti vergonha me vendo em cena. Abri os olhos e me vi deitado em uma cama de hospital, ouvia orações pedindo que eu ficasse bem e consegui dentre tantas vozes ouvir a sua. Vi também meu pai olhando fixamente pra mim como se eu ainda fosse criança. Resolvi sair do quarto, poderia me acordar e eu ainda estava muito fraco. Abri a porta e me deparei com um quarto grande, com seu nome escrito por todas as paredes. Fotos suas juras de amor e vi você de costas, corri para te abraçar, mas você sumiu e ouvi sua voz dizendo: _ Foi bom enquanto durou!
Sentei-me no chão, e dos meus olhos escorreram saudades. O meu coração embalado por nossa música e o seu cheiro presente em todo meu ser. Não queria, mas sair dali poderia muito bem viver de recordações. Mas já era hora de acordar dos meus pensamentos. Foi quando uma música me acordou. Adivinha qual?

De Fé!

Com Saudades Bernardo Moraes.



Tenho medo de cobras, já tive medo do escuro. Tenho medo é de ti perder! (De Fé- Humberto Gessinger)

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