Talvez eu seja um monstro egoísta que de tanto ser machucado
agora quer sua vingança. Ou sou um poeta que mesmo com o peito ferido ainda
deseja sua amada. Quem sabe eu não seja um ator que encara a vida como um
grande palco e por isso não posso sair de cena. Talvez um bêbado que amargurado
só se encontra dentro de uma garrafa e a vida parece colorida enquanto se
desliga dos problemas. Um garoto que vendou os olhos com a mentira e agora vive
trancado e de olhos fechados dentro de seu quarto. Um sado masoquista são que
meche em sua ferida como se com a dor pudesse trazer a paz de novo. Quem sabe o
seu melhor amigo, aquele que vai te livrar das dores e te trazer sorrisos e
bons momentos. Já sei, eu sou isso tudo e ao mesmo tempo nada disso. Deve ser
por isso que sou tão difícil de entender. Ou não.
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