quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Flash Backs





Flash backs vestidos de futuro se refletem em meu espelho essa manhã
Cabelos bagunçados
Barba por fazer
Olhos fundos mostrando como foi difícil atravessar o deserto chamado noite
O café quente e amargo lava a alma e tenta futilmente animar o corpo
Que cansado apenas sorri
O Futuro agora vestido de presente me entrega nas mãos um embrulho
Abro e vejo que mais uma vez estou preso a este carrossel
Sempre girando no mesmo lugar e olhando as mesmas paisagens
O ter e perder
O abraço e os dedos apontados
Os pássaros e a gaiola
Essa noite Flash backs me mostraram qual o ciclo da minha vida.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Finalmente





É hora de tirar as amarras das asas
Tirar o manto negro que cobre minha alegria
Pegar o tambor, pintar o rosto e festejar
Carnaval?
Não
Apenas a estação fúnebre que passava por mim se foi
Agora tenho por quem festejar
Por quem lutar e escrever
Tenho a boca macia e suave para tocar
E que as asas se abram
Nada mais de vôo solitário
Vou te mostrar o meu céu
E te contar o que passa em minha mente
Quero te ouvir
Quero te ver sorrindo e até chorando
Por que vou te conhecer toda
Agora vamos antes que o grande rei se ponha atrás das montanhas

sábado, 19 de janeiro de 2013

Tour





Portas fechadas
Luzes apagadas
Musica certa
Tudo pronto para um doce tour pelo seu belo corpo e mente
Arranhões em minhas costas me dizem quando prosseguir e quando recuar
Meus sussurros ao pé de seu ouvido
Minha pressa amparada pelo seu prazer
Na pausa olhares que dizem muito mais do que essas linhas
E a junção do meu ao seu
Linda e suave em meus braços
Calorosas mordias medem o valor de nossa obra  
E por fim
A o fim nada mais é que a porta para mais e mais

domingo, 13 de janeiro de 2013

Roteiro




Em preto e branco circulo pelas ruas
Trilha sonora de uma gaita solitária e triste
Trombo em tantos rostos e corpos
Tantas histórias
Mais que aos meus olhos não passam de tirinhas de jornal
Como em uma peça teatral
O mudar de musica me mostra o que esta por vir
A gaita se vai e em seu lugar um doce violino
Ao longe vejo a cor mais viva de todas
E ela vem do seu vestido
É como se todo o preto e branco se fosse
Seu olhar enche de alegria minha pobre alma poeta
Suas palavras avivam as minhas
Seu andar conduz meus olhos
Sua respiração perto da minha faz meu coração bater como um tambor de circo alegre e apreçado
E ao fim seu beijo me trás de volta

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Anjo Caído

Enquanto caminho
O medo escorre pelas paredes
Barulho de latas
Cachorros choram
Meu coração bate melancólico
Sei que estou sendo seguido
O Calor me diz isso
Cruzes que se entortam perante a verdade infernal
Mesmo que minhas asas tenham sido cortadas por amar
Mesmo que meu caminho não seja mais o da luz
Ainda carrego no peito minha proteção
E quando o solitário e zombador relógio da catedral toca as três badalas da madrugada
Sei que o véu cai e com eles todos os demônios vêm buscar o que sobrou de minha Santidade.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Aqui e Ali!





De vielas e vielas
Casas e casas
Garrafas e garrafas
Procuro a essência da felicidade
De fato encontro um pouco em cada
Mais ainda procuro onde vou encontrar
Onde possa repousar minha rima
Descansar e cansar
Mais enquanto não encontro
Voltemos as
Vielas, casas e garrafas